18 março, 2008

renegados?




Alguém me disse uma vez, que as boas respostas aos problemas, surgiriam sempre do lado oposto aonde as mesmas eram procuradas. E foi de algum modo essa visão e esse conselho que me trouxe o entusiasmo para a problemática da mediação: num exercício concreto daquele adágio gratuitamente oferecido – coisa rara! – a resposta para muitos dos problemas do sistema judicial, não estava no sistema judicial (e na míriade de soluções que a partir dele se desenham) estaria antes num modo alternativo de abordar as suas implicações e problemáticas, cuja essência não estaria dependente de uma estrutura mediatizada e administrativamente hierarquizada, estaria antes dependente do indivíduo, enquanto ser capaz de julgamento e de equilíbrio. O contraste assim alcançado e a que aquele adágio não é de todo estranho, não poderia ser mais eloquente… É daqui que surge e se vai mantendo aquele entusiasmo mediador.

Agora dá-se um simples exercício masoquista: e se o entusiasmo (ou mesmo a algazarra!) posta na mediação e na resolução alternativa de conflitos – que continua por aqui a ser manifestado – fosse o problema e as respostas necessárias e viáveis, houvessem de ser encontradas nos antípodas daquele nosso entusiasmo, aonde muito pouca gente ainda estaria? De quem seria todo este tempo? Quem seríamos nós? Os da alternativa renegada?

O exercício é hipotético e superficial, mas evidencia o facto de as soluções - quaisquer que elas sejam - nunca serem uma coisa simples... Por isso,

Say jam sucka jam!
Say jam sucka jam!
Say groove sucka groove
Now groove sucka groove
Say dance sucka dance
Say dance sucka dance
Say move sucka move
Now move sucka move
We're the renegades of funk

“Renagades of Funk” versão de Rage Against the Machine a partir de original dos Afrika Bambaataa, do álbum “Renagades” editado por Epic Music em Dezembro de 2000.

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