30 novembro, 2007

aperguntacircular weekend lounge

"can i get a witness": sofa surfers, album "see the light" editado por 18th street lounge music, em Janeiro de 2004.

video representando 24 horas no Loos Bar em Viena, construído em 1908 por Adolf Loos.

27 novembro, 2007

a mediação impossível


James Bond vs. Oddjob - "Goldfinger", 1964.

26 novembro, 2007

soma positiva - mediação de conflitos



Soma positiva é aquela operação de adição que permite acréscimos a ambos os factores que a compõem. Soma positiva serviu igualmente de inspiração e de mote para pesquisas de mercado junto de instituições cuja actividade desenvolvida permitiria nela enquadrar momentos de mediação de conflitos. Passos decisivos têm vindo a ser dados e para o futuro fica a expectativa de saber se Somapositiva - mediação de conflitos * foi uma quimera, ou se pelo contrário constituirá algo que desempenhará a sua parte na divulgação da resolução alternativa de conflitos. A ver vamos...

* logo e designação com direitos reservados.

23 novembro, 2007

aperguntacircular weekend lounge

"Garota de Ipanema" de Tom Jobim por Frank Sinatra e Tom Jobim.

21 novembro, 2007

uma pergunta circular


... e depois do curso, iremos a tempo de dominar o mundo?

"heartbeats" por josé gonzalez, a partir de um original dos "the Knifes". Lp "Veneer" editado por "rough trade" em fevereiro de 2005.

19 novembro, 2007

justiça comunitária e mediação


Não deixa de ser interessante esta dificuldade manifesta em fazer catalogar o tipo de justiça que é consequente a qualquer exercício de mediação bem sucedido. É evidente que poderemos sempre saltar este mesmo problema, argumentando que a justiça de uma determinada situação mediada é aquela que as partes pretenderam para si próprias e que se consubstancia no respectivo “output”. Creio contudo que assim procedendo significa ficar com metade do problema por resolver, uma vez que adivinhando-se o alastrar das soluções mediadas e a respectiva institucionalização, não poderemos continuar a pensar que no futuro não haverá quem questione os fundamentos da justiça “mediada” – assente exclusivamente na vontade das partes – e em que medida essa mesma prática e essa forma não adversarial de resolver a coflitualidade social, contribuí para a coesão dos valores de uma determinada comunidade política em que se acha inserida.

É de resto no propósito de responder a essa mesma dificuldade – e que essencialmente se faz sentir ao nível da mediação penal – que as metodologias e formas pelas quais o exercício de mediação se vem estruturando, correspondem e inserem-se ainda dentro da lógica do sistema penal, como momentos eminentemente diversos do fim punitivo que lhe é característico, mas ainda assim inseridos no procedimento que lhe é típico.

É daqui de resto que decorre a questão de se saber se, verdadeiramente, a lógica não adversarial inerente aos processos de mediação constitui uma verdadeira e radical inovação quanto ao modo pelo qual a comunidade entende e trata toda e qualquer transgressão (o que nesse sentido corresponderá a um novo paradigma de tratamento do denominado crime) ou se pelo contrário, correspondendo aquela mediação a momentos que se inserem na lógica penal existente, tal significa não necessariamente uma novidade radical, um novo paradigma, mas apenas uma originalidade gerada pelo sistema já existente.

É no levantamento de todas estas questões e na racionalidade que procuram ter as respectivas respostas, que surge o conceito de “Justiça Comunitária” que num modo muito particular se opõe a esse outro conceito de justiça que prevalece em todo o sistema, traduzido pela institucionalização da sua aplicação, pela racionalidade exclusivamente legal das respectivas decisões e pela eminente prerrogativa de quem o define e aplica, o Estado. “Justiça Comunitária” pelo contrário e em oposição, corresponde e surge precisamente como resposta à erosão de que sofre aquela justiça de meios exclusivamente estatais e a incapacidade por esta revelada em trazer para o campo penal um novo tipo de preocupações, como por exemplo o estruturar e dirigir um verdadeiro ressarcimento da vítima e alargar o respectivo papel no procedimento punitivo, ou em apresentar dados peremptórios que indiquem que o modo pelo qual o seu sistema punitivo se estrutura permite a médio, longo prazo, uma definitiva ressocialização do transgressor e logo uma diminuição da criminalidade.

“Justiça Comunitária” corresponde precisamente a uma chamada ao processo e procedimento punitivo de novos actores, não estatais, actores eminentemente civis e cuja actuação no procedimento punitivo passa a incorporar uma outra riqueza e diversidade de abordagens, acrescentando-se assim algo de novo e ultrapassando-se por esta mesma via aquelas incapacidades reveladas por uma justiça eminentemente estatizante.

A este mesmo propósito: Innovations Pénales et Justice Réparatrice – Mylénne Jaccoud.

the poisoned mondays antidote

"So Long" - Jazzanova ft. Nicola Kramer, colectânea e remisturas "jazzanova broad casting" editado por Sonar Kollektiv, em Julho de 2006.

16 novembro, 2007

aperguntacircular weekend lounge


"the shadow of your smile" - astrud gilberto, editado por Verve records 1965.

15 novembro, 2007

artigo sobre mediação e sistema penal

Para quem se interesse pelo tipo de relações que se possam estabelecer entre um sistema punitivo de resposta penal como aquele que presentemente existe, e aquele outro de carácter não adversarial que vai ganhando cada vez mais espaço, dois artigos que procuram precisamente estabelecer a fronteira entre os dois mundos e o tipo de relações que entre ambos se podem perspectivar: la justice réparatrice: une innovation du penal? por veronique strimmelle.

No essencial pretende-se de algum modo definir - a partir de uma experiência piloto levada a cabo em Ottawa, Canadá - se a mediação e o tipo de justiça que a mesma permite, connstituí uma evolução do próprio direito penal ou se pelo contrário, se trata de uma justiça de cariz inovador e sem qualquer ligação com o sistema punitivo e penal existente, sendo-lhe por isso absolutamente paralelo.

É tudo em francês eu sei, mas com um pequeno esforço acaba-se por lá chegar!

08 novembro, 2007

aperguntacircular weekend lounge

"Light my fire" - versão por The Mike Flowers Pops, lp "a groovy place" editado por London Records, 1996.

as repartições familiares

As perguntas vão variando, mas no essencial não escapam à seguinte gramática: em que medida centros de mediação familiar podem constituir um mecanismo de resposta que seja objecto de procura por parte das pessoas, quando o serviço por eles disponibilizados e a forma como se apresentam, quase que se pode equivaler a uma qualquer medida do Simplex, como se mediar uma família fosse o mesmo que requerer uma certidão, ou reclamar administrativamente de uma medida mais abusiva protagonizada pelas finanças? A pergunta é: terão os centros de mediação familiar que reduzir-se a simples repartições?

Esta forma de delimitar o problema, vem na sequência da abordagem que esta mesma matéria tem tido por parte do governo, considerando as recentes aberturas em Braga, Leiria e em outros locais do país, de centros de mediação familiar – com a pompa e a circunstância que toda a inauguração pressupõe.

As interrogações são contudo legítimas e a imagem que tais centros me proporcionam assim como o alarido que decorre da sua inauguração, é a daquelas peças que não encaixando no na lógica recortada do respectivo puzzle, passam a existir como um elemento perfeitamente isolado, rejeitado, desse CONJUNTO de que deveriam fazer parte. De onde surge necessariamente a pergunta de se saber, se não haveria uma maior e melhor proximidade daqueles centros mediação, se estes fossem concebidos como momentos ou estádios que aconteceriam dentro de uma estrutura muito mais alargada (que não se esgotaria na mediação) e que tendo conhecimento no terreno de situações carentes dessa metodologia de resolução de conflitos, – ou em que esta surgisse como medicamento possível – as fizesse encaminhar dentro de um procedimento alargado, para que devidamente instruídos e acompanhados a mediação pudesse ter lugar e as fragilidades pessoais não se expussessem de um modo cru, perante estranhos.

Os Centros de Mediação Familiar recentemente abertos, farão lembrar aquelas lojas de produtos de luxo em que a grande maioria não entrará por vergonha de expor a respectiva incapacidade económica… Uma diferente solução merece ser pensada…

05 novembro, 2007

the poisoned mondays antidote

"My Love" - Justin Timberlake ft. T.I. lp future sex/love sounds, editado em setembro de 2006.