27 julho, 2007

... not any more, old chap!

Isto da justiça restaurativa e dos mecanismos alternativos de resolução de conflitos têm uma raiz anglo-saxónica - pelo menos é das coisas que ainda vou recordando das aulas no Vila Galé. Lembro-me de resto de a Nova Zelândia ter sido falada a propósito dos maoris e da respectiva cultura e de como foram encontrados mecanismos de resolução de conflitos a propósito das suas tradições ou a partir delas. Lembro-me de a Austrália haver de ser incluída neste pequeno grupo de percursores da justiça restaurativa e do exemplo que tivemos oportunidade de visualizar das Comissões de Justiça e Reconciliação na África do Sul.
Por outro tipo de razões menos óbvias e se calhar menos nobres, mas sempre a propósito dos anglo-saxões e da Justiça Restuarativa, nos Estados unidos da América houve idêntica abordagem durante os anos 60 e 70 a conflitos de carácter social e outros, que a certa altura foram assumidos como um compromisso político de intervenção exclusivamente estatal por George MacGovern e que tendo apresentado tal pacote intercencionista como um compromisso eleitoral enquanto candidato presidencial pelo partido democrático contra Nixon, tal correspondeu (e corresponde ainda!) à maior derrota de sempre do partido democrático contra os republicanos.
Isto a propósito dos anglo-saxões originais (os europeus) e do curioso facto de Cherie Booth (cherie "tony blair" booth, para os amigos) ter tido o trabalho de intervir na BBC Radio sobre esta mesma temática, fazendo-o de um modo curioso e algo "envangélico", intervenção que de resto se disponibiliza (para ler aqui).
Enfim, tudo isto para sublinhar a circunstância de que, sendo históricamente a Grã-Bretanha de difícil conquista - quer porque geográficamente tal nunca se afigurou tarefa fácil (Napoleão que o diga!) quer porque os britânicos sempre foram e são muito ciosos de todas as suas instituições - isso parece também estar a mudar, pelo menos no que á justiça restaurativa diz respeito... Cherie Booth dixit*.

* que o diga!

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