"hot in here" - Tiga, DJ Kicks, K7! records, Janeiro de 2003. Bom fim-de-semana!
10 agosto, 2007
que arda o sol e descanse a terra

Na próxima segunda-feira, não estarei por aqui, assim creio (tal como não creio que não estando por cá, me localizem na fotografia acima!). De qualquer modo chegou também o meu dia de tudo reduzir a menos que zero, de dar descanso aos manómetros. Acho que serão merecidos estes meus dias de descanso, pois o ano foi exigente e o curso de mediação chegou a queimar algumas das minhas reservas - o meu cóxis, ás vezes ainda se lamenta... Não porque não tenha sido enriquecedora a experiência, pelo contrário, mas a exigência e os dias a fio ali sentado - além do que já havia estado antes, durante cada dia - criam um calo desagradável, cuja cura apenas poderá advir com o sol, queimando o canastro. Acho que as minhas férias a isso se reduzirão : ler em esperguiçadeiras e deixar que o Sol queime severamente o canastro. E eu abençouo-me pelo partido que dele posso fazer e pelo excesso que dele por aqui permanece nas noites de verão (é incrível o calor que, às vezes durante a noite irradia do granito)... Abençoado o mar e a praia, abençoado o campo... Há já muitas coisas as quais quero começar, depois do regresso...
06 agosto, 2007
how should family mediation sound?
"Don´t You Want My Love" - por Moodymann, Forevernevermore lp, editado por peacefrog em Novembro de 2000. (the poisoned mondays antidote).
03 agosto, 2007
si vis pace para bellum
(ou de como se torna manifesto, de que preciso de férias, já!)
Não resito contudo a deixar uma pequena preversão, desculpando-me do latim (as línguas ás vezes confundem-me) : si vis bellum, para pace (se queres a guerra prepara a paz) também poderá ser verdade? Isso é que não se afigura lá muito conveniente....
Se queres a paz, prepara a guerra (si vis pace para bellum) é algo que começou por servir políticamente ao império romano. Ocorreu-me contudo uma ideia simples e mais actualizada a esse propósito e que directamente se relaciona com a mediação (no fundo, é um paralelo). A ideia parte do princípio de que toda a paz (aquela que se alcance, mediando) tem como precedência necessária uma qualquer encenação, um simulacro, mais ou menos guerreiro, mais ou menos bélico ou pacificado, à qual o mediador serve de contra-regra, ou até de ponto (o argumento, os actores e os seus produtores são, naturalmente, por conta das partes em conflito). No fundo, a mediação seria mais ou menos como ver com um filme ou uma peça de teatro de grandes meios, sentado num qualquer lugar mais confortável e priviligiado, com inúmeros figurantes, uma produção da qual, alguma margem seria dada ao contra-regra (mediador). A história seria pejada de falsidades e de segundas intenções, salpicada por uma violência latente - e agora começo por perceber também, o fascínio que o cinema exercia em muitos de nós, quanto mais não fosse, para passar melhor aquelas horas mais entedidantes do curso... Porque qualquer que seja a mediação há sempre lugar para o espalhafato, a desordem, o barulho, há sempre a zombaria e o drama, o estardalhaço comum a qualquer batalha. O princípio corresponde sempre a uma ritualização, como se toda a paz fosse necessariamente precedida e dependesse por inteiro de comportamentos estériotipados, de um ritual, de um pro-forma. E contudo, quem assim batalha (com plena consciência do seu simulacro) e se senta junto ao mediador, é já a PAZ que pretende, senão nunca se teria sujeitado à sua possibilidade... Si vis pace para bellum (se queres a paz, preprara a guerra)... É na perspectiva da paz, que aquele estardalhaço, que o ritual da batalha tem necessariamente de ser lançado. Com esta coisa extraordinária no seu epílogo: quanto mais empenho na batalha e melhor representada a guerra (na emoção e na piedade que desperte) mais doce e melhor é a paz, que depois se estabeleça.
Não resito contudo a deixar uma pequena preversão, desculpando-me do latim (as línguas ás vezes confundem-me) : si vis bellum, para pace (se queres a guerra prepara a paz) também poderá ser verdade? Isso é que não se afigura lá muito conveniente....
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